O país, através da Companhia de Bioenergia angolana, vendeu oito mil e 500 metros cúbicos daquele combustível verde a uma empresa estrangeira. O que sucede pela primeira vez.
A carga – no valor de três milhões de euros – será embarcada este mês, com destino a um dos principais produtores europeus de etanol.
A firma angolana, sediada em Malanje, produziu, no ano passado, 17 mil metros cúbicos de combustível biológico. O produto é fabricado, na Província do Norte de Angola, a partir da transformação da cana de açúcar. A firma possui uma área de mais de 24 mil hectares dedicada à plantação da planta.
Constituída pela construtora brasileira Odebrecht, pelo grupo privado angolano Cochan e pela Sonangol, emprega dois mil e 500 trabalhadores, maioritariamente angolanos, no município de Cacuso, a 75 quilómetros da cidade de Malanje.
As duas primeiras empresas detêm 40 por cento do capital do consórcio, sendo a parte restante da petrolífera estatal angolana.
A logística da primeira exportação de etanol está a ser preparada, no Porto de Luanda, contando com o apoio dos Ministérios do Comércio e da Indústria de Angola. Com este envolvimento as autoridades nacionais pretendem “garantir que o embarque ocorra dentro da normalidade, cumprindo a legislação do país e com a agilidade que o cliente precisa”.
Em comunicado, a Companhia de Bioenergia de Angola destaca o seu alinhamento com as políticas governamentais de “Apoio à Produção Diversificação das Exportações e Substituição de Importações, considerando que tem procurado contribuir para a “melhoria do ambiente de negócios” no país.