Pretendia-se que fosse mais uma marcha pacífica, em defesa dos direitos dos alunos da Guiné-Bissau e contra a continuada greve dos professores, já no dia sete tinham saído para a rua, mas na sexta-feira o protesto acabou em violência. Centenas de estudantes percorreram as ruas de Bissau, bloquearam estradas, querem que as aulas recomecem. Há meses que professores e governo estão num braço-de-ferro. Mas a situação acabou por degenerar e com atos de vandalismo perpetrados não se sabe bem por quem. No final os dados oficiais dão conta de pelo menos 19 feridos e 20 pessoas detidas. Já o Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados, através das redes sociais, fala num número muito maior de detenções:

A sede do Partido de Renovação Social foi vandalizada. O presidente da formação, Alberto Nambeia, afirmava que houve uma "mão invisível" no protesto. Pessoas que se terão infiltrado entre os alunos para semear a confusão.

Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados lança acusações à polícia, diz que foi ela que começou a violência usando gás lacrimógeneo contra os alunos mas adianta que a responsabilidade última pela crise no país é do Presidente José Mário Vaz, acrescentando ainda, e sobre a "mão invisível" de que falava o líder do PRS, diz que esses infiltrados são da polícia ou enviados pelo governo.

De acordo com o comissário nacional da Polícia de Ordem Pública guineense, Celso de Carvalho pelo menos dois agentes ficaram feridos. Os 20 detidos foram ouvidos com o objetivo de compreender qual era o seu papel na manifestação.

Há largos meses que os professores estão em greve, ainda que com alguns recomeços de aulas pelo meio. Reivindicam o cumprimento de vários acordos firmados com um dos executivos anteriores, que inclui o pagamento de salários em atraso e anunciaram, quarta-feira, nova paralisação de 30 dias. Os protestos dos estudantes, vindos de todos os liceus públicos da capital do país, têm-se repetido pelo regresso às aulas. 

 

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