O Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu, às autoridades da Guiné-Bissau, a realização das eleições Presidenciais, escrutínio "credível, livre, justo e pacífico", no prazo "legalmente estipulado", ou seja, no final deste ano. Os membros do conselho, citados num comunicado da ONU, ressaltaram a necessidade de "um diálogo inclusivo, de todas as partes interessadas, para consolidar a paz e a estabilidade na Guiné-Bissau" e instaram as autoridades do país a acelerarem a revisão da Constituição, "em conformidade com o Acordo de Conakry, bem como com o roteiro dos seis pontos da CEDEAO".
Os membros do Conselho de Segurança felicitaram o povo e o governo da Guiné-Bissau, bem como os líderes políticos e as organizações da sociedade civil, pela realização pacífica das eleições legislativas de 10 de março. Eles elogiaram os parceiros internacionais [a União Africana, Nações Unidas, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Comunidade de Países de Língua Portuguesa, União Europeia e o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau] (UNIOGBIS)] preparação das eleições e aplaudiram o papel das missões de observação eleitoral a nível internacional, regional e nacional pelas suas contribuições para a transparência do processo eleitoral. Eles também elogiaram a conduta da Comissão Nacional Eleitoral da Guiné-Bissau de um processo de computação expedito e anúncio oportuno dos resultados.
Durante o encontro do Conselho de Segurança da ONU foi ainda pedido aos "líderes de todos os partidos políticos a continuarem a abster-se de incitar os seus seguidores a qualquer ação violenta e a respeitarem o resultado das eleições" reiterando o seu "apoio e compromisso contínuos, em colaboração com atores regionais e parceiros internacionais, para a consolidação da paz, estabilidade e desenvolvimento na Guiné-Bissau".
O país foi a votos a 10 de março. Umas eleições Legislativas que decorreram sem incidentes de maior mas onde, e já depois de divulgados os resultados provisórios, houve uma tentativa de incitação à contestação dos resultados por parte de algumas forças políticas.
O PAIGC venceu o escrutínio mas sem maioria absoluta. Irá governar aliado a outras pequenas formações. Coligações feitas antes das eleições e a última, com a APU, antes da divulgação dos resultados eleitorais provisórios pela Comissão Nacional de Eleições. Ocupará 47 dos 102 lugares do parlamento. O Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), a segunda formação mais votada terá 27 assentos, o Partido da Renovação Social (PRS) 21, a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) cinco, e a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, elegeram um deputado cada.
Os resultados oficiais e os nomes dos deputados eleitos foram publicados esta semana no Boletim Oficial, os "novos" ocupantes da Assembleia Nacional Popular tomam posse a 18 de abril.