Moçambique tem potencial mas continua a crescer muito pouco e precisa de acelerar o seu ritmo de crescimento. Quem o diz é o responsável do Fundo Monetário Internacional para o país que acrescenta ainda que o país precisa de pôr em prática políticas económicas que passam pela contenção da dívida pública.
Moçambique registou um défice fiscal na ordem dos 8 por cento, em 2017, uma melhoria mas ainda muito acima da média na África Subsaariana. A acrescentar a isso o país está ao nível do sobre-endividamento insustentátel.
Para Ari Aisen as apostas passam por continuar "com o ajustamento fiscal, para um relaxamento mais rápido da política monetária, e apoiar a redução do crédito". Ajuste que não pode pôr em causa os setores mais vulneráveis.
A questão principal prende-se com a crise da Dívida moçambicana. O responsável do FMI diz que o país deve continuar a negociar com os credores internacionais a reestruturação da divida pública. O objetivo é torná-la sustentável. Deve ainda prosseguir com as reformas estruturais que permitam uma melhoria dn ambiente de negócios.
De acordo com Ari Aisen o crescimento do país tem seguido tendência de descida. Em 2015 o PIB do país cresceu 6,6 por cento, em 2016 era de 3,7 por cento, para este ano prevê-se um crescimento de 3%.
A estagnação do crédito ao sector privado, segundo o mesmo representante, é um dos motores que leva à desaceleração do crescimento do país do FMI. O crédito ao governo aumentou, significativamente, desde 2017. Já o crédito ao setor privado diminuiu.