Moçambique celebra hoje, 4 de Outubro, o Dia da Paz e Reconciliação Nacional, o que é um paradoxo, já que o país vive, de novo, um conflito militar. Esse confronto, protagonizado pelas forças do regime e pelos guerrilheiros da Renamo, trouxe uma vez mais a morte e a instabilidade ao Centro do país.
O Acordo Geral de Paz foi assinado em Roma, no dia 4 de Outubro de 1992, após 16 anos de sangrenta guerra civil, tendo como protagonistas o Presidente Joaquim Chissano, e o principal dirigente da Renamo. Afonso Dhlakama...
O Governo e Renamo acordaram o fim das hostilidades, a desmilitarização da Renamo e Eleições gerais e multipartidárias.
Após duas décadas a paz quebrou-se já que as expectativas da Renamo de democratização de Moçambique. O País tem Presidente e Parlamento eleitos por voto universal e secreto, mas a Frelimo continua a controlar todos os cargos da administração do País.
Face ao impasse político, as negociações entre o Governo e a Renamo quebraram-se, e este partido voltou a pegar em armas.
Nos últimos meses, sob a égide de mediadores estrangeiros, as duas partes voltaram a negociar, mas sem resultados palpáveis.
A Renamo condiciona a Paz à nomeação de Governadores indicados por si nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições de 2014.
O partido pretende ainda a revisão da Constituição e a descentralização do País, com a realização de eleições autárquicas.