A consulta foi no domingo, mas a Comissão Eleitoral Nacional continua a manter os dados provisórios. A situação decorre da recontagem dos votos brancos e nulos solicitado pelo partido no poder, na esperança de obter a maioria absoluta que lhe fugiu na primeira operação de verificação dos votos.

A operação, conduzida pelo recém criado Tribunal Constitucional, foi logo contestada pelos partidos da oposição, que viram nela uma artimanha do Presidente da ADI e Primeiro-Ministro para dar a volta aos resultados, de forma fraudulenta. A preocupação dessas forças políticas resulta da constituição do organismo, feita unilateralmente pela ADI e com juízes do seu universo.

Em Água Grande, a repetição gerou a resposta violenta de jovens manifestantes. O grupo incendiou a viatura em que a juíza encarregada do processo se fazia transportar. Na sequência do acto, alegando falta de apoio da Comissão Nacional Eleitoral e dos seus pares do Tribunal Constitucional apresentou a demissão do cargo.

De acordo com os dados provisórios das Eleições, a ADI obteve 25 deputados o MLSTP/PSD, 23, a coligação do PCD/MDFM-UDD, cinco e o MCISTP, dois. Este resultado permitiria à segunda e terceira forças mais votadas formar Governo, dado o acordo, nesse sentido, anunciado antes do acto elitoral. A intenção já foi transmitida ao Presidente. Evaristo Carvalho foi instado, a “queimar etapas”, convidando o grupo de partidos a formar o novo Executivo do país.

No entanto, mesmo a manter-se aquela distribuição de lugares no Parlamento, o Chefe de Estado - saído das fileiras da ADI - deve solicitar, em primeiro lugar, a Patrice Trovoada que forme Governo, enquanto dirigente do partido mais votado.

O Partido convocou, para amanhã, uma manifestação de apoio ao Tribunal Constitucional e à recontagem dos votos.

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