O país deve cerca de 280 milhões de euros a entidades estrangeiras, entre as quais se encontram bancos comerciais. Este encargo, herdado do anterior executivo, é considerado, pelo Primeiro-Ministro, como “quase insustentável”.
Nestas circunstâncias, o Chefe do Governo de São Tomé e Príncipe pretende iniciar negociações com aqueles que emprestaram dinheiro ao país, tendo como objectivo o perdão da dívida.
Jorge Bom Jesus ainda não anunciou publicamente que contrapartidas pretende apresentar.
No entanto, o dirigente anunciou, em Lisboa, que está empenhado em combater a corrupção, contando com os recursos do país – humanos, marítimos, aéreos e petrolíferos – para tirar o país “do buraco em que se encontra”.
O Governante estima que, resolvida a questão da dívida, a economia do país pode crescer a dois dígitos, tendo como alavanca vários projectos de desenvolvimento que foram apresentados às autoridades chinesas, para financiamento, no âmbito da cooperação entre os dois Estados.
O Fundo Monetário Internacional encontrou um buraco financeiro, superior a 60 milhões de euros, escondida pelo Governo de Patrice Trovoada da organização, dos parceiros internacionais e do Parlamento nacional. De acordo com a entidade, a verba tornou a dívida do país “praticamente descontrolada”.