O ano lectivo iniciou-se oficialmente em Angola. As escolas esperam cerca de um milhão de alunos mais do que em 2016. De acordo com as estatísticas governamentais nesse ano eram mais de nove milhões.
A estimativa assenta na promessa de alargamento da gratuitidade dos seis aos nove anos de escolaridade.
Não obstante o crescimento do número de alunos, três milhões em três anos, milhares de crianças continuam à margem do sistema de ensino por falta de escolas e porque as famílias não têm condições financeiras. De acordo com indicadores da UNICEF mais de 14 por cento das crianças angolanas não vai à escola.
Em Angola há quatro níveis de ensino. Dos três meses aos cinco anos; Pré-Escolar, Primário, da primeira à sexta classes; Secundário, até à décima segunda classe, e Ensino Superior. Ao contrário dos restantes escalões, as aulas para os alunos universitários só se iniciam no próximo mês.
O Executivo angolano aprovou, no ano passado, o alargamento da escolaridade obrigatória e da gratuitidade ao nível da iniciação do Pré-Escolar e da sexta para a nona classe.
De acordo com a nova legislação, os alunos do Primário têm direito não só ano a ensino grátis como ao material escolar e à merenda escolar.
O Ensino representa perto de sete por cento nas despesas públicas. O orçamento do sector deverá ultrapassar os 500 mil milhões de Kwanzas, cerca de 27 milhões e 500 mil euro. Relativamente ao ano anterior representa um aumento de 10 por cento.