No ano passado, o país registou mais de 10 mil casos. No entanto, os números reais devem ultrapassar esta cifra. O Estado do Amazonas é o epicentro da doença, com mais 95 por cento de afectados pela doença. Roraima vem logo a seguir com 355 ocorrências. Os restantes casos verificaram-se, pontualmente, nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Pará e Sergipe.
O mal matou, no mesmo ano, 12 pessoas. Estes óbitos foram confirmados em Roraima, Amazonas e Pará.
A situação põe em causa o certificado de erradicação da doença, atribuído pela Organização Mundial de Saúde, em 2016.
A baixa cobertura vacinal, está na base da propagação da doença no Brasil, como na maioria dos países onde se continuam a verificar surtos da enfermidade.
O sarampo, uma das doenças mais contagiosas, espalha-se através da tosse e de espirros, do contacto com secreções infectadas do nariz e da garganta. O vírus mantém-se activo e contagioso no ar e nas superfícies onde se encontre durante duas horas e pode ser transmitido quatro dias antes e depois do aparecimento da doença.
Há dois anos, o Brasil não comunicou os casos do mal à Organização Mundial de Saúde.