No final do ano passado mais de 12 milhões de brasileiros encontravam-se no desemprego, o equivalente à população da cidade de São Paulo e mais do que a de Portugal. Quase mais do dobro do que em 2015. O maior número de pessoas sem emprego desde 2012.
A situação resulta da crise económica que tem abalado o Brasil com a falência de empresas nacionais e a redução de pessoal nas estrangeiras.
A indústria foi o sector que mais engrossou a fileira dos desempregados, logo seguido da construção e obras públicas.
O aumento do número de desempregados decorre não só de despedimentos, mas também da cifra cada vez maior de brasileiros à procura de primeiro emprego e que não conseguem trabalho.
No último trimestre do ano passado esse grupo de pessoas cresceu quase três por cento face ao período anterior. Mas, esse crescimento é gritante se comparado com os mesmos meses de 2015. A subida foi de 36 por cento, mais de três milhões.
A actual conjuntura tem impacto na produção, no consumo e nos investimentos, deixando o Brasil numa situação de apuro.
E os números reais do desemprego são bastante piores já que as estatísticas oficiais não contabilizam aqueles que desistiram de procurar emprego e aqueles que se encontram no mundo do trabalho informal.