A Comunidade dos Países da África Ocidental transmitiu ao Chefe de Estado da Guiné-Bissau que qualquer tentativa de instrumentalização das Forças Armadas guineenses será considerada “golpe de Estado”.
A organização vai enviar ao país um comité presidencial para dar a conhecer as decisões tomadas na sua última Cimeira. Serão seis os Chefes de Estados que se deslocam, sábado, a Bissau. O grupo tem, também, como missão avaliar a situação militar e política no território.
A CEDEAO reforçou o seu contingente militar na Guiné-Bissau, com o intuído de assegurar a normal realização das Eleições Presidenciais, a 24 de Novembro, bem como permitir que a campanha decorra de forma pacífica.
Na semana passada a instituição alertou o Presidente, para o facto de este encontrar em situação de interinidade, como decorre da Constituição do país, concluindo que “todos os seus actos devem ser subscritos pelo Primeiro-Ministro” saído das últimas Eleições Legislativas.
Desta tomada de posição resultou o retorno à normalidade política no país, com o reforço da posição do Executivo dirigido por e a saída de cena da figura nomeada, ilegalmente para o substituir pelo Chefe de Estado guineense e candidato a novo mandato.
José Mário Vaz demitira o Governo em funções desde 22 de Junho, tendo nomeado em sua substituição Faustino Imbali, com o propósito de alterar o quadro eleitoral.
No entanto, o Executivo de Aristides Gomes recusou-se a abdicar, tendo-se mantido em funções no Palácio do Governo.
O Presidente tentou envolver os militares guineenses, instando-os, publicamente, a intervir para que as suas decisões se concretizassem, nomeadamente o acesso aos Ministérios dos membros do Governo de Faustino Imbali.
Sob os protestos da comunidade internacional, e das posições da CEDEAO, as pretensões de José Mário Vaz caíram por terra.