Há 500 anos o português Fernão de Magalhães e o espanhol Sebastián Elcano arrancavam para aquela que seria a primeira circum-navegação.
Estávamos no dia 10 de agosto de 1519 quando o feito, "que uniu oceanos e povos - a volta ao mundo", se concretizou.
"A jornada de Fernão de Magalhães constitui uma referência no processo de globalização, aproximando povos, culturas e conhecimento. Na verdade, esta expedição demarcou-se das demais pela sua ousadia e persistência aliadas ao espírito de curiosidade, que a tornou pioneira nas várias áreas do conhecimento científico. Num período de três anos, atravessaram-se oceanos, observaram-se fenómenos naturais nunca antes vistos e conectaram-se culturas díspares, de modo a provar que a circularidade terrestre é declaradamente um fator de união", lê-se no portal da Direção-Geral da Educação, de Portugal.
Uma proeza, patrocinada pelo rei de Castela e que Fernão de Magalhães não completaria já que acabaria por morrer nas Filipinas a 27 de abril de 1521, no campo de batalha.
Portugal e Espanha unem-se nas celebrações, que arrancaram no ano passado e terminarão em 2021. Entre as iniciativas está a candidatura da Rota da Circum-Navegação a Património Mundial da Humanidade; Viagens de Circum-navegação, pela Rota de Magalhães-Elcano, a empreender em 2020-2021 pelos Navios-Escola "Sagres" e "Juan Sebastián Elcano"; uma exposição itinerante sobre a Circum-navegação, organizada pelos dois ministérios da Cultura; a co-produção de uma série televisiva sobre a Viagem; a elaboração de um estudo conjunto sobre a "Projeção mundial do espanhol e do português", promovida pelos Institutos Camões e Cervantes; a organização conjunta da Conferência Internacional "Oceanos, Conhecimento e Globalização", a realizar em Portugal e Espanha, no primeiro semestre de 2021.