Angola quer transformar a organização logística e de localização dos destinatários de correio. Nesse sentido, estão a ser actualizadas as leis que regerem o sector ao mesmo tempo que se criam os códigos postais. Um anúncio feito, quarta-feira, em Luanda, pelo secretário de Estado das Telecomunicações, Mário Oliveira, no final de um seminário sobre serviços postais.
O executivo tem como objetivo adaptar os Serviços Postais, ou Correios, e os seus serviços à realidade angolana mas utilizando as novas tecnologias que vão tornar o sistema mais eficiente. Até aqui, a entrega de encomendas era feita por georeferência ou contacto telefónico, o país quer aproximar-se daquilo que é já comum no chamado mundo ocidental.
Em Angola existem, actualmente, 11 operadoras legais deste serviço, que representam 900 postos de trabalho directos. Os Serviços Postais estão representados em 57 municípios dos mais de 150 do país. Em 2018 foram entregues 50 mil encomendas, 350 mil cartas e 450 serviços, de acordo com dados oficiais.
O setor, admite o governo, funciona também no mercado paralelo, sem que haja grande noção do que isso representa para a economia do país ainda que se considere que, e por este motivo, a concorrência é desleal. A nova legislação pretende ajudar a combater esta situação.
Apesar das 11 operadoras implantadas de forma legal no mercado, presume-se que o número seja maior, pelo que o director da unidade de negócios Expresso do Correios de Angola, Joaquim Figueiredo, chamou a atenção para a actualização do pacote legislativo e levar o setor para a era digital.
(Foto: http://www.correiosdeangola.co.ao)