Trata-se de uma aranha que tem como habitat as grutas do território. A nova espécie, baptizada de Sarax timorensis, foi descoberta durante uma expedição espeleológica.
O aracnídeo, da ordem dos amblipígios, é a maior espécie do seu género, dispondo de dois pares de olhos laterais, em vez de três ou nenhum. Aqueles órgãos são reduzidos, bem com a sua pigmentação, fruto da adaptação às condições das cavernas. A quantidade invulgar de espinhos é outro elemento distintivo da nova espécie.
Ao contrário da maioria das aranhas, as amblipígias não possuem veneno, não obstante serem predadores. Para capturar as suas presas utilizam um par de poderosas pinças. Estas aranhas vivem em climas tropicais e sub-tropicais.
A equipa científica luso-timorense fez a descoberta numa gruta da Província de Lautém, no leste de Timor.
A expedição, organizada por grupos de espeleologia portugueses, ocorreu durante um mês, em 2016. A iniciativa contou com o apoio da Fundação Oriente e da Universidade Nacional de Timor e a participação do grupo de espeleólogos timorenses, Juventude Hadomi Natureza.
A descoberta foi agora publicada, na revista científica Zookeys, pelos biólogos Gustavo Silva de Miranda e Ana Sofia Reboleira.