A crise está instalada no seio da CASA-CE, a segunda maior força da oposição angolana. Sobre Abel Chivukuvuku, o líder da coligação eleitoral, tem 72 horas para "sair de cena".
A maioria dos partidos que compõem a Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral consideram que Chivukuvuku perdeu, porque quebrou, a confiança, dos seus pares, ao fazer oposição à coligação da qual é presidente, e exigem que este abandone a liderança e dê lugar a um novo rosto. Um dos vice-presidentes da coligação, Manuel Fernandes, líder do Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana, acusa mesmo Chivukuvuku de planear ações para destruir os fundamentos base desta organização e de a transformar num meio para se auto-promover.
Em maio do ano passado tinham já interposto um processo, no Tribunal Constitucional, contra o dirigente máximo da coligação. Pediam esclarecimentos sobre a gestão dos fundos da coligação e colocação de membros independentes em cargos de direção. Desde essa altura vários dirigentes abandonaram a coligação. O TC negou este último pedido mas proibiu também Chivukuvuku de criar um novo partido no seio da estrutura já existente.
Já Abel Chivukuvuku, durante a primeira reunião magna dos independentes da CASA-CE, afirmou que a coligação está a ser minada por "uma máquina que está contra" si.
A CASA-CE foi criada quatro meses antes das eleições Legislativas, em Angola, de abril de 2012. Na sua primeira corrida eleitoral elegeu oito deputados para a Assembleia Nacional de Angola, tendo conseguido cerca de seis por cento dos votos. Dela fazem parte, e para além de políticos independentes, o Partido de Aliança Livre de Maioria Angolana (PALMA), o Partido de Apoio para Democracia e Desenvolvimento de Angola – Aliança Patriótica (PADDA-AP), o Partido Pacífico Angolano (PPA) e o Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA).