A paralisação está a afectar a circulação de comboios vai para uma semana. Das 23 circulações diárias apenas se têm realizado duas, no âmbito dos serviços mínimos. Com esta iniciativa, os trabalhadores pretendem ver o seu salário aumentado em 80 por cento.
De acordo com o Sindicato Independente dos Ferroviários, Independente dos Ferroviários de Angola a greve decorre da falta de cumprimento do acordo alcançado em Janeiro. Segundo a organização, dos 19 pontos reivindicados, apenas o subsídio de alimentação foi atendido.
A Direcção dos Caminhos-de-Ferro de Luanda considera a acção “injustificada”, argumentando que estão resolvidas oito reivindicações apresentadas pelo Sindicato, nomeadamente os subsídios de funeral e alimentação, as horas extra, bem como o prémio de circulação.
Sobre o aumento salarial, esclarecem que vai ser feito de forma faseada, fazendo-o depender da melhoria da produtividade da empresa. Os dirigentes da empresa referem a situação económica em que a mesma se encontra, salientando que as receitas e subsídios não chegam para cobrir os custos de produção.
Neste contexto, apelam “ao bom senso da comissão sindical e dos trabalhadores”, manifestando “disposição para um contínuo diálogo, tendo em vista a resolução de todos os problemas” apresentados.
A administração espera que os empregados da companhia e os dirigentes sindicais aguardem os efeitos do novo plano de negócios e o aumento das tarifas a definir pelo Governo.
No entanto, e na ausência de diálogo efectivo, os representantes dos trabalhadores respondem que a paralisação vai continuar até conseguirem a melhoria de vencimentos que defendem.