Portugal subiu dois lugares na classificação dos Repórteres Sem Fronteiras. O país encontra-se na décima segunda posição, mantendo-se em “Boa Situação”.
Entre os países da lusofonia, Cabo Verde vem a seguir, em “Situação Satisfatória”, ocupando a vigésima posição na lista daquela organização.
Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor estão em “Situação Difícil”. O último dos cinco, foi posicionado no lugar 84, seguindo-se a Guiné-Bissau, cinco posições acima, Moçambique, Brasil e Angola encontram-se na escala dos três dígitos. Os Moçambicanos ocupam a posição 103, os brasileiros a 105 e os angolanos a 109.
Angola, Cabo-Verde, Portugal e Timor melhoraram as suas posições. A maior subida foi registada pelo primeiro dos quatro países. Não obstante o último lugar entre os países lusófonos, Angola galgou 12 patamares, fruto da absolvição de dois jornalistas acusados de difamação e da publicação de editoriais da oposição nos jornais estatais.
Timor subiu 11 lugares não obstante “várias formas de pressão usadas para impedir jornalistas de trabalharem livremente”. Cabo Verde ganhou quatro lugares decorrente da ausência de ataques a jornalistas e da “excepcional” liberdade de imprensa, garantida pela constituição”. O arquipélago não está em melhor situação “devido à auto-censura, “amplamente praticada”.
A décima segunda posição de Portugal resulta do ambiente da investigação jornalística “relativamente calmo”, apesar de os “jornalistas serem mal pagos” e do aumento da “insegurança no trabalho”.
A Guiné-Bissau caiu seis posições dado que o acesso à informação “não está garantido e jornalistas continuam a auto-censurar-se” quando cobrem as “deficiências do governo, o crime organizado e a contínua influência militar”.
Moçambique e Brasil desceram três lugares. A queda do último dos dois países resulta da eleição de Jair Bolsonaro que “anuncia uma era sombria para a democracia e a liberdade de imprensa” no país. Por outro lado, mantém-se como “um dos mais violentos da América Latina para os jornalistas”. O relatório dos Repórteres Sem Fronteiras denuncia que aqueles que exercem a sua profissão em aglomerados de pequena ou média dimensão são vítimas de ameaças, ataques físicos e homicídios, como resultado dos seus trabalhos sobre corrupção, política pública ou crime organizado.
A descida de Moçambique decorre dos esforços das autoridades para impedir a cobertura das acções de grupos armados no Norte do país, assim como da falta de recursos e da auto-censura. Os Repórteres Sem Fronteiras destacam também o facto de o partido no poder estar a tentar limitar a iniciativa de jornalistas e meios de comunicação estrangeiros através da aplicação de uma taxa de filmagem que pode atingir os milhares de euros.
Noruega, Finlândia e Suécia aparecem nas três primeiras posições da Lista Sobre a Liberdade de Imprensa no Mundo. Na cauda do rol dos Repórteres Sem Fronteiras encontram-se Eritreia, Coreia do Norte e Turquemenistão.