As próprias autoridades moçambicanas admitem a existência de casos de roubo de alimentos e donativos. Perante este quadro e preocupado com as reacções internacionais, o Governo apressou-se a prometer fiscalização apertada, bem como a punição dos criminosos.
Por outro lado, a Assembleia de Moçambique aprovou um grupo de trabalho, integrando deputados de todos os partidos com assento parlamentar, para verificar a transparência na ajuda às vítimas.
Esta iniciativa ocorre depois de o Presidente da República ter ordenado a criação de comissão independente para organizar o processo de distribuição de mantimentos aos deslocados vítimas do ciclone.
Há mais de uma semana que estão a chegar a Moçambique donativos em dinheiro e aviões carregados com bens de primeira necessidade, mas esta ajuda perde-se nos aeroportos e não chega a muitas das populações afectadas pelo Ciclone Idai, em particular as rurais.
Nestas circunstâncias, moçambicanos defendem que a organização e o controlo da ajuda internacional deveria ser feita pelos próprios países doadores e ou pelas Nações Unidas.
Peritos estrangeiros encontram-se na Beira para perceber o nível de destruição e planificar os investimentos de acordo com as necessidades.
Mais de um milhão de moçambicanas foram afectadas pela passagem daquela tempestade tropical, a maioria carecendo de ajuda efectiva urgente.