Nos últimos três anos, a compra desses bens ao estrangeiro atingiu os sete mil e seiscentos milhões de euros. O Governador do Banco de Angola reconhece que a quantia tem um peso “muito grande” na balança de pagamentos e nas reservas internacionais do país. Metade dessas importações foram pagas pelo Estado e tiveram como destino à Cesta Básica.
Neste contexto, José de Lima Massano considera que é necessário mudar a situação. Desta forma, o dirigente coloca-se em linha com as políticas do Governo de redução da dependência externa através da aposta na agricultura.
Nesse sentido, o Banco Central angola lançou um conjunto de normas visando facilitar o crédito ao sector. As novas regras definem uma taxa de juro inferior ou igual sete e meio por cento ao ano, incluindo comissões, e indica que as instituições bancárias angolanas devem afectar, pelo menos dois por cento do activo registado no ano passado, a empréstimos para projectos agro-alimentares.
Com esta medida, o Banco de Angola não só facilitar o crédito ao sector, como também reduzir as importações” e manter as reservas de moeda estrangeira em níveis “confortáveis”.
Aquela entidade estima em 728 milhões de euros o montante do crédito disponível para investimentos na área.
A prioridade vai para a produção de 54 produtos seleccionados pelo executivo no início do ano, privilegiando os produtos do cabaz de alimentos de primeira necessidade destinado aos mais desfavorecidos.
O Governo angolano tem em marcha um programa visando de seis para dezasseis por cento o peso da agricultura no Produto Interno Bruto do país.