O sistema que monitoriza o pulmão da Terra registou, no mês passado, um aumento superior a 200 por cento no abate de árvores na região, relativamente ao mesmo mês do ano anterior. De acordo com o mesmo, desapareceu uma área a rondar os mil e 900 km2, maior que a cidade São Paulo.
O Ministro brasileiro do Ambiente reconhece que o desmatamento está a aumentar, mas contesta a sua dimensão. Descontente com os dados fornecidos, Ricardo Salles assume que pretende mudar o sistema de monitorização da maior floresta do mundo.
Antes, o Presidente do Brasil tinha criticado a divulgação de dados sobre a floresta da Amazónia. Jair Bolsonaro considera que essa divulgação põe em causa a imagem do Brasil a nível internacional.
O Governo brasileiro tem em marcha um programa de intensificação da agricultura, da pecuária e da mineração na Amazónia. Quer o Chefe de Estado quer o Ministro do Ambiente são críticos das políticas de conservação daquela floresta, defendidas por ecologistas e cientistas, considerando-as um travão ao desenvolvimento do Brasil.
A Greenpeace veio já a terreiro, acusando o Chefe do Executivo de ter um “projeto antiambiental”, que favorece aqueles que querem destruir a Amazónia.
Os novos ocupantes do Itamarati pretendem também fazer alterações na chefia do Instituto de Pesquisas Espaciais, responsável pela divulgação de dados sobre o desmatamento no Brasil.
Foto: Ibama