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Minha Pátria, minha língua

O partido de Xanana Gusmão considera que o Chefe de Estado confunde as suas funções de estadista com as de dirigente da FRETILIN. Esta critica é divulgada na sequência da reunião, ocorrida ontem, 17 de Junho, envolvendo elementos da Comissões Política e Directiva do CNRT, que tinha como agenda a análise da situação política no país.

Francisco Guterres Lu-Olo tem feito braço de ferro com o executivo desde que o seu partido perdeu o poder, como resultado das eleições legislativas antecipadas, de Maio do ano passado, que deram a vitória a maioria absoluta à Aliança de Mudança para o Progresso, constituída pelo CNRT, PLP e Khunto.

O Presidente recusa-se a dar posse a nove das pessoas indicadas pelo Primeiro-Ministro com o argumento de terem processos na justiça ou um perfil ético controverso. A coligação considera que o argumento “não é válido” porque os tribunais "confirmaram” não haver “nenhum caso contra" os propostos.

O CNRT ataca também os “actores judiciais” por não terem actuado perante a “delapidação de dezenas de milhões de dólares do fundo soberano”, através de “práticas contrárias ao bem-estar do país”, cometidas alegadamente pela gestão de Mari Alkatiri, Secretário-Geral da FRETILIN, na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno, de acordo com auditoria da Câmara de Contas.

Para o principal partido da Aliança governamental a posição contrasta com a adoptada relativamente a membros de anteriores Governos liderados pelo CNRT que foram condenados por “prejuízos de 10 mil dólares”, gerando a percepção de que a justiça funciona “pelos interesses dos partidos”.

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